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A mostrar mensagens de maio, 2020

Está em teletrabalho e já tem dores nas costas? Fomos ao neurocirurgião

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A lombalgia, também conhecia por "dores nas costas", carateriza-se por uma tensão ou desconforto na região lombar inferior com ou sem irradiação para os membros inferiores. Oito em cada 10 pessoas têm pelo menos um episódio de dor lombar ao longo da sua vida. As causas são variadas: doença da coluna, como a osteoporose, acidente, esforço, más postura, entre outras causas. Existem três tipos de lombalgia: a lombalgia aguda, que ocorre quando a dor intensa surge subitamente e tem uma duração máxima de 6 semanas; a lombalgia subaguda, em que a dor permanece entre 6 a 12 semanas; e a lombalgia crónica, na qual a dor se agrava e tem uma duração superior a 12 semanas. O local de trabalho é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento das lombalgias. Existem profissões que implicam um esforço físico elevado, sobretudo na carga de objetos pesados. Por outro, a maioria das profissões implicam estar sentado em frente a uma secretária pelo menos oito horas por di

A hipercompensação pela falta de autoestima: um relato pessoal

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A falta de autoestima é uma construção de identidade pautada por aprendizagens associadas a percepções distorcidas da realidade. Quando somos crianças, achamos que o mundo depende de nós. Gira em torno de nós. É normal. A criança é omnipotente e acredita que o mundo externo é influenciado por ela. Se a mãe está triste, a criança sente-se culpada e insuficiente: como é que a minha mãe está triste se eu estou aqui? Quem não se lembra de ter este pensamento quando era miúdo? Acredito que a infância da pessoa com falta de autoestima está marcada por uma série destes equívocos. A criança equivocada cresceu e continua a acreditar que não é boa o suficiente e que, por isso, não é merecedora da felicidade e do elogio do outro. Muitas vezes considera que se trata de bajulação disfarçada de encómio. Essa crença associada ao desmerecimento pode estar associada à falta de espaço na infância para se ser criança: para errar, para ser livre, para espernear, para dar cabo do juízo da mãe...

O mundo pós-normal: um relato pessoal

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A COVID-19 trouxe-nos uma oportunidade única. Vivíamos talvez na Era mais desumana desde a Idade Média. Até janeiro de 2020, o que valia era ter, possuir e em certa medida ostentar. O ter sobrepôs-se ao ser em definitivo algures nos anos 90 e foi ganhando forma tal como uma nuvem de poeira que nos turva a vista. Com o advento das novas tecnologias, nomeadamente das redes sociais, a vida passou justamente a ser isso: parecer. O dia a dia pautou-se pela ausência de sentido. O padrão era comprar, mostrar, acumular e voltar a comprar. Aproveito para introduzir um conceito neste texto, sem querer falar muito nele: o consumismo. Uma das coisas que me venho apercebendo é que comprar funciona como um penso rápido. A métafora serve para descrever aquilo que, na minha opinião, se tornou o processo da compra: um escape imediato da dor e das causas reais do sofrimento humano. Possuir torna-se um atalho para o prazer imediato, que é efémero, mordaz e autodestrutivo. Regressando ao meu te